Farmacovigilância como ferramenta de gerenciamento de riscos visando à segurança do paciente

Abstract

Os medicamentos estão entre as abordagens terapêuticas mais utilizadas, com isso os erros de medicação constituem um grande problema de saúde pública e são responsáveis pelo aumento da incidência hospitalizações, dos custos com hospitalizações e morbimortalidade associados. A Farmacogilância compõe o propósito de atuação das vigilâncias sanitárias, sendo uma importante ferramenta de gerenciamento de riscos, visando a segurança do paciente, através da identificação, análise, quantificação e comunicação do risco associado ao fármaco, com isso, o objetivo principal é diminuir esses riscos promovendo a segurança dos pacientes. No Brasil, as atividades relacionadas à farmacovigilância ainda são escassas e recentes, existindo poucas informações sobre a incidência de Reações Adversas a Medicamentos. Objetivo desse trabalho foi descrever o perfil dos Problemas relacionados aos Medicamentos, destacando o papel do Farmacovigilância como ferramenta preventiva aos erros de medicação e segurança do paciente. A metodologia utilizada foi baseada em pesquisa bibliográfica descritiva utilizando obras literárias científicas, publicadas entre 2010 e 2020. Os erros de medicação são atualmente considerados um problema de saúde pública, principalmente no âmbito hospitalar, sendo responsáveis pelo aumento de 35% dos casos internações, impactando positivamente nos gastos hospitalares, que variam de 5,5% a 8,5% associados ao tratamento durante a internação. Outro aspecto negativo é que 70% das internações hospitalares em decorrência desses erros de medicação, são reações prejudiciais ou indesejáveis e não intencionais que ocorrem após administração de medicamentos. Nesse contexto a Farmacovigilância é considerada uma ferramenta essencial na prevenção de quaisquer problemas relacionados a medicamentos, pois através dela conseguimos detectar, avaliar, compreender e prevenir eventos adversos causados pelo uso de medicamentos. Dessa forma, torna-se necessário adotar medidas preventivas e educativas, visando reduzir os casos de intoxicação e minimização dessas consequências.