Um olhar da psicanálise para indivíduos autistas após o dsm v: uma revisão de literatura

Abstract

O autismo, denominado de Transtorno do Espectro Autista (TEA), desde o DSM V, já é estudado há mais de um século, mas ainda hoje existem muitas questões a serem respondidas para melhor compreensão desta condição. O objetivo desse trabalho é pesquisar e lançar o olhar da psicanálise sobre o tratamento e a forma como o autismo é tratado na e pela sociedade, contrapondo com a visão e o tratamento das Terapias Cognitivo-Comportamentais (TCCs) em relação a ele. Há alguns anos atrás, a psicanálise foi praticamente impossibilitada de lidar com pacientes autistas, mas isso mudou e hoje vários estudos já trazem metodologias de tratamento para tais pacientes além de ter uma visão um tanto divergente das TCCs. Enquanto a psicanálise trata o autismo como um sintoma, as TCCs veem o mesmo como um transtorno e isso implica várias diferenças tanto no tratamento quanto na visão social ao autista. O artigo foi feito através de uma revisão bibliográfica selecionando artigos que defendem o uso de psicanálise e também daqueles que defendem o uso de TCCs. A partir disso, foi feito uma análise dos pontos defendidos e refutados por eles construindo uma discussão em torno disso. O uso da psicanálise se mostrou mais favorável no tratamento dos autistas pois ela não procura moldar o autista para se encaixar nos padrões ditados pela sociedade, mas ajudá-los a desenvolver as habilidades que possuem naturalmente.