Uso de cloridrato de fluoxetina em pacientes obesos: uma possível opção para a perda de peso?

Abstract

O presente trabalho procurou estabelecer uma correlação entre a obesidade e seu possível tratamento com o uso de Cloridrato de Fluoxetina através de dados da literatura. A obesidade pode ser considerada uma síndrome, definida pelo aumento de tecido adiposo em relação à massa corporal magra e determinada. Desde 1980, a prevalência de obesidade aumentou três vezes ou mais em todo o mundo, provavelmente devido às mudanças alimentares e de estilo de vida. O excesso de peso contribui para o aparecimento e agravamento de doenças crônicas. Em 1988, surgiu no mercado a fluoxetina. Pacientes tratados com fluoxetina, por menos de um ano, não só melhoravam da depressão, como também perdiam peso. Em experimentos clínicos para aprovação da fluoxetina como antidepressivo foi observada perda de peso. Nos Estados Unidos, essa droga ainda não foi aprovada pela Food and Drug Administration (FDA) para o uso na perda de peso. O aumento da obesidade na população em geral, vem aumentando o uso dos tratamentos farmacológicos, entre eles, os inibidores do apetite, como a fluoxetina. Este tipo de tratamento está associado a outras terapias para perda de peso ou, ainda mais importante, no sentido de ajudar a manter o peso corporal ao longo do tempo. O principal problema com a fluoxetina, quando utilizado como agente antiobesidade, é a recuperação de peso observada em estudos em longo prazo. Essa perda de peso nem sempre, é relacionado ao efeito colateral da droga, mas à recuperação da depressão, uma vez que pacientes obesos acabam adquirindo este patologia.