A influência da equoterapia na aquisição de marcha em crianças com síndrome de Down: um enfoque no programa de hipoterapia

Abstract

A Síndrome de Down (SD) é decorrente de um erro genético localizado no par de cromossomos 21, cada cromossomo normal é composto por dois pares de células somatizando 46 cromossomos, na SD há três pares de células, totalizando 47 cromossomos. A SD pode ser classificada em três tipos: trissomia simples sendo o tipo mais comum encontrado em aproximadamente 95% dos casos, trissomia de translocação encontrado em 4% dos casos e trissomia do mosaicismo encontrado em apenas 1% dos casos. Existem cerca de 50 características físicas exibidas pela criança com SD logo após o nascimento, e entre elas estão: a frouxidão ligamentar a hiperextensibilidade articular e a hipotonia generalizada, fatores esses que dificultarão e atrasarão a aquisição de marcha dessas crianças. A equoterapia é uma prática que utiliza o cavalo como uma técnica de equitação sendo o seu principal objetivo a reabilitação e/ou educação de pessoas que possuem algum tipo de deficiência ou necessidades especiais. Deste modo, o objetivo desse estudo é discorrer sobre a influência da equoterapia na aquisição de marcha em crianças com Síndrome de Down dando um enfoque no programa de hipoterapia. Para tal finalidade, adota-se como metodologia um estudo que consiste em uma abordagem qualitativa, sendo uma revisão bibliográfica descritiva, relativa e atual, por meio de levantamento documental científico. Considera-se então que a equoterapia auxilia no processo de aquisição de marcha em crianças com Síndrome de Down, esta por sua vez, atua mandando estímulos diretamente ao Sistema Nervoso Central devido ao movimento tridimensional. Os movimentos gerados em decorrência do alinhamento homem-cavalo tanto inibem padrões patológicos como normalizam o tônus no caso de crianças com Síndrome de Down.