Reabilitação fisioterapêutica pós reconstrução do ligamento cruzado anterior: Protocolo convencional versus protocolo acelerado

Abstract

A articulação do joelho é uma estrutura do corpo humano muito exigida durante o movimento, onde grandes forças são geradas em suas estruturas, sendo, pois, muito vulnerável ao trauma. O ligamento cruzado anterior (LCA) é uma estrutura presente no centro da articulação do joelho, sendo responsável pela estabilidade ao movimento de translação anterior da tíbia sobre o côndilo femoral. Quando ocorre uma ruptura completa desta estrutura, faz-se necessário uma intervenção cirúrgica, que é realizada atualmente por meio artroscópico, causando alterações fisiológicas, tais como atrofia muscular, diminuição da amplitude de movimento e propriocepção, entre outras. A fisioterapia tem como objetivo a reabilitação deste indivíduo para que o mesmo retorne às suas atividades de vida diária e/ou ao meio esportivo. O principal objetivo deste trabalho foi descrever os aspectos mais relevantes do tratamento fisioterapêutico após uma reconstrução artroscópica do LCA, como descarga de peso, ganho de amplitude de movimento, melhora da força muscular e da propriocepção. Para tal, foi realizada uma revisão da literatura, distinguindo dois protocolos de tratamento: o protocolo convencional de Paulos et al. (1981) e o protocolo acelerado de Grinsven et al. (2009), nos quais pode-se observar a evolução das intervenções fisioterapêuticas em relação aos seus objetivos e tempo de tratamento. O protocolo convencional perdurava até quinze meses de tratamento, enfatizando a maior proteção do enxerto e o protocolo acelerado tem duração de seis meses, variando de acordo com as características fisiológicas de cada paciente e de suas perspectivas de retorno às atividades de vida diária e/ou esportivas. Desta forma, poder-se-ia evitar uma nova intervenção cirúrgica devido ao tempo de reabilitação do protocolo convencional.