Uso de talidomida por pacientes portadores de reação Hansênica tipo II

Abstract

A presente pesquisa visa fazer uma abordagem sobre os efeitos do uso da talidomida em portadores de reação hansênica tipo II. Deste modo, necessário se fez elucidar os conceitos da hanseníase que consiste numa doença infectocontagiosa crônica, granulomatosa, causada pelo Mycobacterium leprae e encontrada apenas no ser humano, cujo contato é interpessoal e prolongado. Classificá-la também foi um dos aspectos indispensáveis para que possamos entender como se dá o seu diagnóstico e o seu tratamento, bem como, compreender o aspecto mais importante que se refere a um dos objetos desta pesquisa: a reação hansênica. Os portadores de hanseníase, mesmo após a cura, podem apresentar estados reacionais que consistem em reações do sistema imunológico do doente ao bacilo Mycobacterium leprae, e a esse processo chamamos de reação hansênica. Trata-se de episódios inflamatórios que podem causar ao doente: dores, mal estar, fadiga e até mesmo uma piora do quadro de incapacidade, levando-o, na maioria das vezes, ao retratamento da hanseníase. É importante ressaltar que a reação hansênica pode ocorrer no hospedeiro no início, e muitas vezes por isso é detectada a doença, durante o desenvolvimento da hanseníase e mesmo após a sua cura. Foram explicitados os tipos de reação hansênica, tipo I e tipo II a fim de podermos explorar esta última, também intitulada de Eritema Nodoso Hansênico que será relacionada com o fármaco em questão: a talidomida. A talidomida é uma substância usualmente utilizada como medicamento sedativo, anti-inflamatório e hipnótico, bem como, também bastante utilizada nos casos de reação hansênica tipo II. Retratar seus efeitos, seus benefícios e malefícios em portadores de reação hansênica tipo II é o que constitui o objetivo desta pesquisa.