A uberização do trabalho: a caracterização do vínculo de emprego para os motoristas de aplicativo

Abstract

Este estudo adota uma abordagem metodológica baseada na etnografia para examinar as complexidades das mobilidades de plataforma, com foco nas transformações locais, nas relações sociais e nos contextos culturais que moldam esse fenômeno. A justificativa para esse estudo reside na importância crítica da compreensão profunda das implicações da "uberização" do trabalho e do surgimento de plataformas como Uber e Gojek na economia e na sociedade contemporânea. Esse processo de transformação não ocorreu sem desafios e controvérsias, e uma análise aprofundada dessas questões é fundamental para orientar políticas públicas e práticas empresariais adequadas. O problema central abordado neste estudo diz respeito à complexidade das mobilidades de plataforma. Isso inclui os conflitos que surgem com setores tradicionais, as assimetrias de poder entre os criadores de plataformas e os trabalhadores, bem como os desafios relacionados aos direitos trabalhistas e à justiça social em um cenário cada vez mais digital e globalizado. O objetivo principal desta pesquisa é analisar as mobilidades de plataforma sob uma perspectiva etnográfica, buscando compreender como essas transformações afetam as dinâmicas locais e as relações sociais. Além disso, o estudo examina questões críticas relacionadas ao trabalho, como precariedade, controle algorítmico e resistência por parte dos trabalhadores. Considerando a complexidade das mobilidades de plataforma e sua interseção com questões sociais, econômicas e culturais mais amplas, este estudo contribui para uma compreensão mais aprofundada desse fenômeno em evolução. Espera-se que as insights gerados possam informar políticas e práticas que promovam uma abordagem mais justa e equitativa para o trabalho nas plataformas digitais.