IDOSOS E MEDICAMENTOS: REFLEXÕES SOBRE USO, PRESCRIÇÃO E DISPENSAÇÃO

Abstract

O aumento da população idosa representa um grande desafio ao sistema público de saúde, devido aos autos índices de doenças crônicas como a hipertensão arterial e o diabetes, a complexidade do tratamento farmacológico do idoso sugere um acompanhamento farmacoterapeutico para identificar e prevenir problemas relacionados aos medicamentos. O modelo da pesquisa foi um estudo transversal onde se utilizou formulário pré-estruturado a fim de conhecer o processo terapêutico do idoso assistidos em Unidade Básica de Saúde. A amostra foi composta por 196 pacientes Hipertensos e/ou diabéticos entre 60 e 92 anos. Verificou-se a predominância do sexo feminino 66,9%, um consumo de 5,40 medicamentos por idoso, frequentes automedicações e poucos parâmetros fisiológicos descritos nos prontuários sendo observado prevalência de sobrepeso e obesidade em 78,9% dos idosos, 67,5% com pressão arterial sistólica acima de 140 mmHg e 79,3% com glicemia maior que 125 mg/dL. Dos pacientes 44% relataram problemas com o medicamento que pode levar a falta de adesão ao tratamento, e complicações futuras. Foram aplicados testes estatísticos observando associação entre a quantidade de medicamentos e automedicações (p=0,001), Correlação com significância entre a idade e pressão arterial sistólica (p=0.003) e índice de massa corpórea e idade (p=0,018), não foi observada associação entre a renda e aquisição da medicação nem correlação entre a idade e os valores glicêmicos.