Medicalização e TDAH: reflexões sobre diagnósticos incorretos e prescrição excessiva em crianças

Abstract

Este trabalho analisa o fenômeno da medicalização no diagnóstico e tratamento do TDAH em crianças, com ênfase nos diagnósticos incorretos e na prescrição excessiva de medicamentos. A pesquisa foi realizada por meio de uma revisão integrativa da literatura, abrangendo publicações científicas dos últimos dez anos, utilizando bases de dados como CAPES, LILACS e SCIELO. Foram selecionadas 25 bibliografias, sendo 15 artigos, 3 livros e 2 monografias. Esses estudos que discutem a relação entre práticas educacionais, diagnósticos de TDAH e o uso de medicamentos como a Ritalina®. Os resultados mostram que, embora o uso de medicamentos seja eficaz em alguns casos, há uma crescente preocupação com diagnósticos precipitados, levando ao uso desnecessário de fármacos. Além disso, verificou-se que a medicalização excessiva pode mascarar questões educacionais e sociais que impactam o comportamento das crianças. Intervenções alternativas, como terapias comportamentais e atividades físicas, demonstraram ser estratégias eficazes no manejo dos sintomas, sem a necessidade de dependência exclusiva de medicamentos. Conclui-se que é essencial adotar uma abordagem mais cautelosa e multidisciplinar no tratamento do TDAH, considerando tanto os aspectos educacionais quanto às intervenções psicossociais, visando um cuidado mais integrado e humanizado para a criança.