Perspectiva para a soja (Glycine max) no estado de Rondônia

Abstract

A expansão da sojicultura em Rondônia consolidou-se nas últimas décadas como vetor de transformação econômica e ambiental. Implantada inicialmente em áreas de cerrado e pastagens degradadas em Vilhena, a cultura foi impulsionada pelas tecnologias da Embrapa, que possibilitaram ganhos de produtividade e melhor uso do solo. A relevância do tema decorre da importância econômica crescente da soja, que gera empregos, renda e exportações, mas também levanta questões ambientais e sociais relacionadas ao desmatamento e à pressão sobre áreas protegidas. O estudo, baseado em revisão bibliográfica integrativa, analisou dados de produtividade, área cultivada, uso de agroquímicos e indicadores ambientais. Os resultados evidenciaram aumento superior a 290% da área plantada em uma década, com produtividade acima da média nacional, mas acompanhado de intensificação do uso de insumos químicos e expansão sobre novas fronteiras agrícolas. Práticas modernas de manejo, como plantio direto, calagem, rotação de culturas e controle integrado de pragas, contribuem para a eficiência produtiva, embora ainda dependam de maior adesão e fiscalização. Conclui-se que a sojicultura em Rondônia constitui exemplo de inovação agrícola bem-sucedida, mas exige políticas públicas que integrem crescimento econômico, conservação ambiental e segurança alimentar. Assim, este artigo teve como objetivo analisar a trajetória da cultura no estado, desde sua introdução no cone sul até o atual cenário de expansão e intensificação produtiva.